terça-feira, 9 de julho de 2013


              1958, o ano em que o mundo descobriu o Brasil

            Esse é o título do excelente filme do cineasta José Carlos Asbeg, que retrata o capítulo mais importante da história do futebol brasileiro. O mundo descobria os gênios Pelé e Garrincha.
As frustradas tentativas de chegar ao título mundial nas Copas de 1950 e 1954 serviram de lições para os dirigentes brasileiros. Ao assumir a presidência da então Confederação Brasileira de Desportos, João Havelange sentiu a necessidade de planejar o caminho a ser percorrido pela seleção brasileira rumo à Copa de 1958, na Suécia. Pela primeira vez se formou uma Comissão Técnica para dirigir a nossa seleção.

No ano anterior, no dia 7 de julho de 1957, convocado e escalado por Silvio Pirilo, estreava na seleção brasileira o garoto Pelé, que completaria 17 anos em 23 de outubro. Pelé entrou no lugar de Del Vechio e igualou o marcador aos 32 minutos. A partida válida pela Copa Roca terminou com a vitória Argentina por 2 a 1.

            Ainda sob o comando de Osvaldo Brandão, nas eliminatórias para a Copa de 58, teríamos pela frente o Peru e a Venezuela. Com a desistência dos venezuelanos, os peruanos foram os nossos adversários.
          
            Empatamos  a primeira partida, em Lima, e vencemos a segunda, no Maracanã, por 1 a 0. A “folha seca” de Didi carimbou nosso passaporte para a Suécia. .

            A caminho da Copa, a seleção brasileira realizou dois amistosos na Itália. Derrotamos a Fiorentina, em Firenze, e a Internazionale, no Estádio Giuseppe Meazza, em Milão. Metemos 4 a 0 nos dois jogos. Mané marcou contra a Fiorentina, o gol que ele considerava o mais bonito de sua vida e deu um show particular diante da Internazzionale.

            Sem Garrincha e Pelé, estreamos na Copa. Vencemos a Áustria por 3 a 0. Três dias depois, empatamos com os ingleses de 0 a 0. O empate não repercutiu bem entre os integrantes da delegação brasileira.      
  
            Antes do jogo contra a URSS, quando Ernesto Santos, nosso competente “espião”, ia passar suas observações sobre a equipe soviética, o Feola disse: “Paulo e Dr. Hilton, hoje vocês não tiram o Garrincha de jeito nenhum”.

             No mesmo estádio da partida anterior, o Brasil mostrou ao mundo os gênios Garrincha e Pelé. O futebol arte da seleção brasileira superou o decantado futebol científico soviético, vencendo-o por 2 a 0.

Nas quartas de final, o Brasil enfrentou o País de Gales. Os galeses jogaram o tempo todo na defesa, diminuindo os espaços, dificultando as penetrações do ataque brasileiro. A genialidade de um jovem de apenas 17 anos, chamado Pelé, nos deu a vitória por 1 a 0.
            Nas semifinais, o Brasil enfrentou o bom time francês. Goleamos por 5 a 2. No 2º tempo, Pelé mostrou ao mundo que aquela Copa era o início de uma caminhada que o levaria ao posto de “Rei do Futebol”, marcando três gols.
 
                Brasil e Suécia disputaram a final da Copa de 58, no Estádio de Rasunda, em Estocolmo. A seleção sueca assustou os brasileiros quando abriu o placar aos 4 minutos de jogo. .
            Belini apanhou a bola no fundo da rede de Gilmar, entregou-a a Didi, que caminhou calmamente até o meio de campo. Atitude classificada por Paulo Amaral como “a frase muda de Didi”.
            A partir daquele momento, o Brasil virou o marcador e chegou aos 5 a 2.  No dia 29 de junho de 1958, há 55 anos, o mundo descobriu a magia do futebol brasileiro e os seus gênios Garrincha e Pelé.
          
 O garoto Pelé toca a bola por baixo do grande Carrizzo e marca seu primeiro gol com a camisa da seleção brasileira.

  
 Com três minutos de jogo contra a URSS, Garrincha, após driblar seus marcadores, carimba a trave de Yashin.

 Mané deixou tontos os defensores soviéticos.

 A genialidade do jovem Pelé conseguiu furar retranca do País de Gales. No fundo da rede, após o gol, Pelé é sufocado pelos companheiros.

 Pelé e Garrincha comemoram um dos gols contra a Suécia, na final da Copa de 58.

Pelé chora no ombro de Gilmar, ao lado de Didi, após a conquista do mundial.
 

Pelé, que viria a ser o "Rei do Futebol", recebe o cumprimento do Rei Gustavo, da Suécia.



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