A merecida
homenagem a Zagallo
“Estou aqui ao vivo e vivo”. Estas foram as palavras de
Zagallo diante na TV, em frente ao Estádio Olímpico João Havelange, no subúrbio
de Engenho de Dentro, no dia em que sua estátua foi colocada naquele local.
O ilustre botafoguense e grande comentarista Luiz Mendes
sempre afirmava a importância de se receber homenagem em vida. E, Zagallo pode
sentir a emoção de presenciar o reconhecimento de todos que convivem com ele pela sua contribuição para o
engrandecimento do futebol brasileiro.
O
alagoano Mário Jorge Lobo Zagallo começou no América, em 1950, transferindo-se
depois para o Flamengo. No rubro-negro conquistou o tricampeonato sob o comando
do técnico paraguaio Fleitas Solich.
Depois de se tornar campeão mundial
em 1958, Zagallo foi contratado pelo Botafogo, onde foi bicampeão estadual em
1961/62 e bicampeão mundial de 1962, no Chile.
No segundo
semestre de 58, após tornar-se campeão mundial, na Suécia, juntou-se aos
grandes craques alvinegros Nilton Santos, Garrincha e Didi, também campeões do
mundo em campos suecos.
Quando encerrou a
carreira de jogador, Zagallo assumiu a direção técnica dos juvenis alvinegros
até chegar a dirigir os profissionais quando levou o time ao bicampeonato
estadual de 1967/68 e a conquista da Taça Brasil de 68.
Como técnico, entre as inúmeras conquistas, destacamos: o mundial de
70, no México, o campeonato estadual de 1971 pelo Fluminense, os títulos
estaduais de 72 e 2001 a frente do Flamengo.
Zagallo conquistou também como
técnico a Copa das Confederações e a Copa América, ambas em 1997, o
vice-campeonato mundial de 98 e a Copa do Mundo de 94 na função de Coordenador
Técnico.
Paulo Amaral, entrevistado por nós,
fez questão de destacar o papel de Zagallo nas conquistas dos títulos mundiais
de 1958 e 1970:
“Sobre
o Zagalo, primeiramente, devo dizer que ele foi um excelente jogador. Ele não
foi apenas o “Formiguinha” com a função de fechar a defesa. A função do Zagalo
foi importantíssima tática e tecnicamente no campo. Ele já como juvenil do
América era meia-esquerda com a função de armador.
No jogo contra a Suécia, houve
um ataque sueco, o Gilmar foi coberto por uma cabeçada de um atacante e o
Zagalo embaixo do travessão salvou o gol de cabeça. Por outro lado, o quarto
gol do Brasil foi feito pelo Zagalo. Na área da Suécia como verdadeiro ponta”.
A outra injustiça com o
Zagallo refere-se à Copa de 70, no México. Até hoje dizem que quem armou aquela
seleção foi o Saldanha. Não é verdade. O João nunca pensou em colocar o
Rivelino na ponta-esquerda para fazer a função de terceiro homem, que o Zagallo
fazia; nunca pensou em colocar o Piazza, meio-campista, como zagueiro de área.
E, o Zagallo contrariou isso tudo e armou o time. O João armou o time e o classificou.
Zagallo armou outro time e foi campeão do mundo”.
Parabéns Zagallo pelos seus bem
vividos 82 anos. Eternamente agradecidos por tudo que você fez pelo nosso
futebol.
Em 1951, Zagallo na seleção carioca juvenil campeã brasileira.
Na campanha do bicampeonato carioca de 1954, Zagallo e Fleitas Solich após a partida contra o Bangu.
Em 1958, na final contra a Suécia, Zagallo fica deitado após marcar o quarto gol brasileiro.
Em 1950, Zagallo com a camisa do América onde iniciou sua carreira.
No dia em que se apresentou ao Botafogo, Zagallo foi acompanhado por João Saldanha e Tomé até o campo do estádio de General Severiano.
No Botafogo, Zagallo iniciou a carreira de técnico, dirigindo os juvenis.
Ao lado de Xisto Toniato, no Maracanã, Zagallo comanda a equipe principal alvinegra.
Em 1971, no Fluminense, Zagallo aparece ao lado do Prof. Ernesto Santos, João Bueri, Carlos Alberto Parreira e membros da Comissão Técnica tricolor.