segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Memória do Jornalismo Esportivo II


                                Memória do Jornalismo Esportivo II
     Ari Barroso                                                                                                                                                                                                                                   O  O notável compositor Ari Evangelista de Resende Barroso, mineiro de Ubá e autor de inúmeras composições musicais de sucesso, como por exemplo, a internacionalmente conhecida Aquarela do Brasil, foi um dos mais famosos profissionais do rádio esportivo.

Em 1936, Ari realizava sua primeira transmissão esportiva ao microfone da Rádio Cruzeiro do Sul. Era a terceira partida da decisão do campeonato carioca. O empate de 1 a 1 deu ao Fluminense o título de campeão, iniciando a série do tricampeonato de 36, 37 e 38.
 
Na Rádio Tupi, Ari Barroso viveu os melhores momentos de sua carreira de locutor esportivo ao lado de José Maria Scassa. Os dois eram fervorosos rubro-negros. Ari usava uma gaitinha para anunciar os gols. Quando o time adversário atacava o seu Flamengo era comum o locutor-torcedor abandonar a narração e dizer: “Nem quero ver, nem quero ver...”
 
Ari estreou a gaitinha com o gol de Leônidas aos 25 minutos de jogo. Porém, teve que tocá-la, sem o mesmo entusiasmo, quando Hércules aos 12 minutos do 2º tempo empatou a partida. Alguns historiadores dizem que Ari usou a gaitinha pela primeira vez num jogo Vasco x São Cristóvão. 

Por falar mal do Vasco, em um de seus comentários, a diretoria do clube resolveu impedir a entrada de Ari Barroso em São Januário. Quando o Flamengo enfrentou o Vasco no campo do adversário, Ari transmitiu a partida de cima de um telhado próximo ao estádio.

O espaço onde se localizam as cabines de rádio do Estádio Mário Filho tem o nome de Ari Barroso e no hall de entrada existe um busto do homenageado. Com total justiça sua presença está perpetuada no local onde ele e seus companheiros levaram e continuam a levar emoções aos inúmeros ouvintes do rádio. Esperamos que o nome e o busto permaneçam no novo Maracanã, lembrando o eterno Ari. 

No Fla x Flu em que Ari Barroso estreou, as equipes atuaram com as seguintes escalações:

Flamengo – Raimundo, Carlos Alves, Marim, Médio, Fausto e Oto; Sá, Caldeira, Alfredo, Leônidas (Nelson) e Jarbas. 

Fluminense – Batatais, Guimarães e Machado; Marcial, Brant e Orozimbo; Mendes (Sobral), Lara, Russo (Vicentino), Romeu e Hércules. 

O árbitro do Fla x Flu foi Carlos de Oliveira Monteiro, o popular Tijolo. 

Foto 01 - Ari Barroso antes do Fla x Flu, no campo do Fluminense, no dia 27 de dezembro de 1936, ladeado pelos tricolores Nascimento e Machado, o grande Fausto dos Santos, “A Maravilha Negra” e Oduvaldo Cozzi, na função de repórter, no início de carreira.

 


Foto 02 – Em 1939, Ari transmite a partida Fluminense 2 x São Cristóvão 0, em Álvaro Chaves.

 


F 03 – Proibido de entrar em São Januário, Ari irradia a partida Vasco x Flamengo do telhado de uma casa.

 


F 04 – Ari Barroso e Antônio Maria, outro brilhante compositor e locutor esportivo, transmitindo pela Rádio Tupi, em 1950.

 


F 05 – Kanela, técnico do Flamengo, em 1950, conversa com Ari Barroso antes de um jogo da equipe rubro-negra, no Estádio da Gávea.

 

F 06 – Em 1953, Ari entregou a faixa de campeão carioca ao atacante Índio.

 


F 07 – A extraordinária cantora Ângela Maria e Ari Barroso sorriem com o tricampeonato carioca conquistado pelo Flamengo em 1955.

                                                                                                       

 

 

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