sexta-feira, 30 de dezembro de 2016




                               A versão 76 da máquina do Dr. Horta 

                 Em fevereiro de 1976, com Didi no comando técnico, o Fluminense venceu o Torneio de Viña Del Mar, no Chile. Disputaram a competição além do tricolor carioca, os times chilenos do Union Española e do Everton. O tricolor carioca ganhou o primeiro jogo do Union Española por 1 a 0, gol do Doval, e empatou com o Everton de 0 a 0, conquistando o torneio.

                  Didi, que ficou no comando técnico do Fluminense até 8 de março de 1976, levou o tricolor ao 3º lugar no campeonato brasileiro de 1975. Fluminense, Cruzeiro, Internacional e Santa Cruz se classificaram como semifinalistas. Os gaúchos venceram os tricolores cariocas por 2 a 0, no Rio, e o Cruzeiro derrotou o Santa Cruz, no Recife, por 3 a 2.  Internacional e Cruzeiro decidiram o título, em Porto Alegre, e a equipe colorada com a vitória por 1 a 0 ficou com o título.

                 Jair Rosa Pinto voltou à direção técnica do Fluminense, substituindo Didi, em 10 de março de 1976, ficando até o dia 16 de junho do mesmo ano. Pinheiro dirigiu a equipe durante quatro dias até a chegada de Mário Travaglini, cuja permanência como técnico tricolor se estendeu até 9 de junho de 1977. Novamente, Pinheiro assumiu como treinador até o encerramento da temporada de 1977.

                 Nesse período vários jogadores deixaram às Laranjeiras independentemente do “troca-troca”: Assis e Silveira foram para o Esporte Clube Recife; Abel foi emprestado ao Vasco; o Coritiba comprou o passe de Wilton; Zé Maria e o goleiro Paulo Sérgio tiveram seus passes cedidos por empréstimo, respectivamente, ao Volta Redonda e ao CSA de Alagoas; e o zagueiro Pescuma, que atuou em apenas três ou quatro jogos, foi devolvido ao Corinthians dono de seu passe.

                 No primeiro ano de sua existência, a “máquina” tricolor se projetava internacionalmente, participando do famoso Torneio de Paris. Na oportunidade, o tricolor carioca terminou em 3º lugar.

                 Em 1976, já sob a direção técnica de Mário Travaglini, o Fluminense, com a nova versão da “máquina”, participou novamente do Torneio de Paris, realizando duas excelentes exibições que o levaram ao título. No dia 26 de junho, vencia o Paris Saint Germain por 2 a 0, gols de Rivelino, e dois dias depois derrotava a Seleção da Europa por 3 a 1 gols do alemão Bremmer, Paulo César, Doval e Carlos Alberto Torres (pênalti).

No dia 18 de julho de 1976, na 6ª rodada do 2º turno, Fluminense e Flamengo jogaram sob a arbitragem de Airton Vieira de Moares. Aos trinta e cinco minutos do 2º tempo, Carlos Alberto Torres fez falta em Merica e não aceitou a marcação de Sansão. Os dois discutiram e o árbitro expulsou o jogador do Fluminense. Paulo César e Pintinho reclamaram e também foram para o chuveiro.  
O tricolor ficou com oito jogadores. Logo que a partida recomeçou, Rivelino, após bater um tiro de meta, colocou a mão na coxa e seguiu para o vestiário, alegando dores na perna. A seguir, Rubens Galáxie abandonou o campo, dizendo-se contundido.
Sansão encerrou a partida, porque o Fluminense estava com apenas seis atletas, número inferior ao que a regra permite. O placar apontava o empate de 1 a 1, gols de Rivelino aos 19 minutos do 1º tempo e Paulinho aos 17 da fase final.
Transmitíamos o jogo pela Rádio América e recebemos a informação do companheiro Wilson Lucas que Sansão ofendera com palavrões os jogadores do Fluminense. Falamos que aquela atitude não era correta. Encontramos Airton, algumas semanas depois, em Ipanema. Fomos interpelados por ele que não concordava com as nossas observações sobre a sua atuação. Colocamos o microfone da emissora à sua disposição, dando-lhe o direito de resposta. Sansão não apareceu. A partida ficou conhecida como o Fla x Flu do “cai-cai”.
                 No dia 3 de outubro de 1976, mais de 127 mil pagantes compareceram ao Maracanã para assistir a decisão entre Fluminense e Vasco, em igualdade de condições com dois pontos perdidos cada um. O tempo normal de jogo terminou 0 a 0. Na segunda fase da prorrogação, aos 13 minutos, Pintinho cabeceia e a bola sobe na pequena área entre Abel e Doval. O gringo toca de cabeça e faz o gol do bicampeonato.

                 No campeonato brasileiro, que se estendeu de 29 de agosto a 12 de dezembro de 1976, o Fluminense realizou boa campanha, chegando às semifinais com o Atlético Mineiro, Corinthians e Internacional.

                 O dia da partida contra o Corinthians, dirigido por Duque, ficou conhecido como o da “invasão corintiana”. Viam-se integrantes da fiel torcida alvinegra paulista em várias partes da cidade. A Quinta da Boa Vista se transformou num Ibirapuera e Copacabana era a praia dos paulistas. O tempo chuvoso conspirou contra os tricolores. O gramado escorregadio impediu que o Fluminense desenvolvesse o seu futebol mais técnico.

                 O tempo normal terminou com o empate de 1 a 1. Na série de penalidades máximas, o Corinthians venceu por 4 a 2 e foi decidir, em Porto Alegre, com o Internacional que vencera o Atlético Mineiro, também na capital gaúcha, por 2 a 1. O time colorado ganhou por 2 a 0 e se sagrou bicampeão brasileiro. 


 
A "máquina" tricolor versão 1976: em pé, Renato, Carlos Alberto, Pintinho, Miguel, Edinho e Rodrigues Neto; Gil, Paulo César, Rivelino, Doval e Dirceu.
 
 
Na estreia diante do Bayer, Paulo César salta com o grande goleiro Mayer.

 
Didi, no campo de Álvaro Chaves, quando dirigiu a "máquina" do Dr. Horta.

 
Jair, o "Jajá de Barra Mansa" comanda um treino nas Laranjeiras.

 
Carlos Alberto Torres com o lindo Troféu do Torneio de Paris.

 
No Fla x Flu do "cai-cai", vemos o momento em que Sansão expulsa Paulo César e Pintinho. A partir da esquerda, vemos Rodrigues Neto, o repórter Wilson Lucas, Didi, Paulo César, Sansão, Rivelino, Gil e Rubens Galáxie.

 
Doval vibra após marcar o gol do título do bicampeonato estadual de 1976
 

 
Carlos Alberto, Rivelino, Gil e Doval festejam o gol do título do bicampeonato.

 
A volta olímpica dos bicampeões estaduais
 
 
A charge de Kleber Guimarães, idealizador, e Rubens A. Sixel, desenhista, referente a "máquina" tricolor versão 1976. 

 
Na semifinal do campeonato brasileiro de 1976 com o Corinthians, o estado do gramado prejudicou muito a equipe do Fluminense, superior tecnicamente ao adversário.
 

domingo, 18 de dezembro de 2016



                                    50 anos da final que não acabou

Depois de dois vice-campeonatos consecutivos veio a consagração em 1966. O Bangu foi o melhor em tudo. Sua defesa sofreu apenas 8 gols. O ataque marcou 50 gols, sendo Paulo Borges o artilheiro do campeonato com 16 gols. Foram 15 vitórias, dois empates e uma derrota para o Flamengo por 2 a 1, no 1o turno. 

Na partida entre Bangu e Flamengo, os torcedores presenciaram um dos lances mais emocionantes da história do Maracanã. Almir, o “pernambuquinho”, marcou um gol arrastando a cara na lama.  A bola, com o campo enlameado, parou perto da linha de gol e foi empurrada com a cabeça por Almir diante de um Ubirajara caído e tentando desesperadamente evitar com uma das mãos a queda de sua meta. 

A partida da decisão histórica de 1966 não terminou. Aos 25 minutos do 2o tempo quando o Bangu ganhava por 3 a 0, vários jogadores brigaram. O árbitro Airton Vieira de Moraes, o popular “Sansão”, expulsou cinco jogadores do Flamengo: Almir, Itamar, Silva, Paulo Henrique e o goleiro Waldomiro; e quatro do Bangu: Ari Clemente, Ubirajara, Luís Alberto e Ladeira. Como nenhuma partida pode começar ou ser reiniciada com menos de sete jogadores por equipe, Sansão encerrou o jogo. 

Entrevistei Ubirajara que nos falou sobre o jogo e explicou a razão do conflito generalizado entre os jogadores:  

“Quando chegou em 66, o time estava bem armado. Com toda a sinceridade não precisava nem de treinador. O nosso querido Alfredo Gonzales chegava para gente e dizia: “Moçada, vamos lá. Aquilo de sempre”. Tudo que o mestre Tim deixou, ele seguiu perfeitamente.
Sabíamos que tudo poderia acontecer naquela decisão com o Flamengo. Primeiro a torcida iria lotar o Maracanã, sem deixar nenhum espaço para os banguenses. A torcida do Bangu era pequena, mas tinha o reforço dos tricolores, vascaínos e botafoguenses. Segundo, sabíamos como o Flamengo jogaria, porque acompanhávamos de perto. Tanto que no sábado, dois jogadores foram fazer testes para ver se tinham condições de jogo ou não. Esses jogadores voltaram a sentir a contusão. Com menos dois o jogo ficava mais tranquilo.
No início da partida eu salvei um gol numa cabeçada do Silva, desviando a bola que foi bater no travessão. Na volta armamos o contra ataque e o Ocimar de longe fez o primeiro gol. Começamos a tocar mais a bola, já que o Flamengo tinha que empatar e desempatar. O Bangu jogava pelo empate. Ainda, no primeiro tempo marcamos o segundo gol por intermédio do Aladim. Aí, o Flamengo começou a se desesperar. 

A briga do Almir não era comigo e sim com o Ladeira, que deu uma cotovelada no Paulo Henrique. Quando o Paulo Henrique queixou-se ao Almir, ele partiu para cima do Ladeira, que tentou correr. Como as entradas dos túneis para os vestiários ficavam fechadas, o Ladeira voltou. Ao passar pelo Itamar, ele levou um pontapé no peito e caiu. O Almir partiu para pisar o Ladeira. Quando eu vi, saí do gol e segurei o Almir. O Sansão, que era o árbitro expulsou o Itamar e o Almir. Aí, o Flávio Soares de Moura, diretor do Flamengo, mandou o Almir me tirar de campo. Ele, então, partiu para cima de mim. O Ari Clemente, nosso lateral esquerdo, virou-se para o Almir e disse: “Já que você quer briga, vamos brigar”. Tudo recomeçou. Depois o Airton Vieira de Moraes expulsou quatro jogadores do Bangu e cinco do Flamengo”.
Outros personagens da final carioca de 1966 falam sobre aquela tarde de 18 de dezembro de 1966::

Jaime


“Os que foram expulsos tinham descido. Aí, eu chamei e falei para voltar porque nós vamos dar a volta olímpica. Foi a volta mais bonita que eu dei na minha vida foi aquela. Eu sou Bangu porque ganhei o campeonato de 66. Eu me sinto até hoje campeão”.
Ocimar

Eu dei uma limpada, cortei e joguei lá dentro. O Valdomiro coitado...”.

Paulo Borges


“Fomos para o Maracanã no ônibus velho. Na chegada você só via torcedores do Flamengo e uns dez com a camisa do Bangu. Não é mole. Nós bancamos o burro, deveríamos ter entrado junto com o Flamengo. Entramos antes e levamos a maior vaia da nossa vida. Levamos vaia de no mínimo 108 mil pessoas das cento e dez que estavam no estádio. As pernas tremiam. Quando o Flamengo entrou, eu disse é hoje...”

“Cabralzinho pegou a bola e só estávamos eu e o Paulo Henrique. O Flamengo adiantou a zaga e o Cabralzinho lançou para mim. Eu recebi na frente e fui. Só, tínhamos eu, o goleiro e a rede. Existe uma foto que até hoje não entendi como me pegaram sorrindo para fazer o 3o gol”.

Cabralzinho


“Tim montou a grande máquina do Bangu. Zizinho, eu diria que lamentavelmente era o oposto do Tim. Ele exigia tanto dele que não conseguia transmitir para nós jogadores tudo aquilo o que ele sabia fazer em campo como jogador. O curioso é que ele em alguns treinamentos, apesar da idade, participava e ainda executava muito bem.

“Os oito minutos iniciais foram terríveis para o Bangu. Depois começamos a nos posicionar melhor, a nos conscientizar melhor. Os gritos foram diminuindo e o Bangu crescendo em campo. Ainda no primeiro tempo, Ocimar 1 a 0”.

Ladeira


“Eu e o Paulo Henrique discutimos numa bola em que nós dividimos um pouquinho mais firme. Eu, no momento, perdi a cabeça, talvez pela pressão do jogo, e dei um tapa no rosto dele”. 

Aladim


 “Cabralzinho e Paulo Borges fizeram a tabela, a bola foi para o Jaime que me lançou entre os beques, na quina da grande área do lado esquerdo. Eu chutei cruzado. Valdomiro não teve nem jeito”.

 

 
Na semana da final com o Flamengo, Alfredo Gonzales e Ubirajara conversam no treino
 
 
Com Ubirajara à frente, a equipe do Bangu entra em campo para enfrentar o Flamengo

 
Almir corre atrás de Ladeira

 
Almir parte para agredir Ubirajara

 
Jogadores do Bangu e do Flamengo se envolvem na briga

 
Os campeões dão a volta olímpica

 
A excelente equipe do Bangu campeã carioca de 1966: Mario Tito, Ubirajara, Luís Alberto, Ari Clemente, Fídélis e Jaime; Pastinha (massagista), Paulo Borges, Cabralzinho, Ladeira, Ocimar e Aladim
 

 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016



                                 Fluminense supercampeão de 1946

A reformulação do futebol tricolor começou com a chegada de Gentil Cardoso, em outubro de 1945. O “Velho Marinheiro” fez o pedido: “Dêem-me Ademir que eu lhes darei o campeonato”. Ademir Marques de Menezes teve seu passe comprado ao Vasco da Gama e a promessa de Gentil foi cumprida: Fluminense supercampeão carioca de 1946:
“Sempre acreditei em Ademir como um jogador decisivo. Ele estava, então, na plenitude de suas condições físicas e técnicas. Quantas partidas ele não decidiu num lance de estupenda clarividência? No supercampeonato, ele fez tudo que se podia esperar de sua categoria”.
Segundo o querido amigo e brilhante jornalista João Máximo, o pedido de Gentil para contratar Ademir é pura lenda. Anos depois ao conversar com Dilson Guedes, diretor de futebol, no supercampeonato, disse-lhe o dirigente que nunca existiu a tão propalada solicitação de Gentil Cardoso. No máximo, a indicação do nome de Ademir, sem o tom imperativo e profético.
Na última rodada do campeonato, as vitórias do Botafogo por 3 a 1 sobre o América e do Fluminense por 5 a 2 diante do Flamengo igualaram quatro equipes na 1a colocação: América, Botafogo, Flamengo e Fluminense. A decisão para apontar o campeão, em dois turnos com pontos corridos, estabelecida pela Federação Metropolitana de Futebol, ficou conhecida como supercampeonato.
O Fluminense perdeu apenas um ponto no supercampeonato, devido ao empate de 1 a 1 diante do Flamengo e aplicou três goleadas: duas no América (8 a 4 e 6 a 2) e uma no Flamengo (4 a 1). No último jogo contra o Botafogo, os tricolores tinham a vantagem de dois pontos. A partida jogada, em São Januário, terminou com a vitória tricolor por 1 a 0, gol de Ademir.
Há 70 anos, no dia 22 de dezembro de 1946, o Fluminense se sagrava supercampeão carioca. Nos vinte e quatro jogos do campeonato, o ataque tricolor marcou 97 gols, sendo o ponta-esquerda Rodrigues o artilheiro da competição com 28 gols.
Entrevistei dois personagens da final do supercampeonato carioca de 1946, Orlando “pingo de ouro” e Juvenal. O primeiro em 1984 no programa Álbum dos Esportes, na Rádio Capital, e o alvinegro em 2003 na sua casa em frente ao Estádio Proletário, em Guilherme da Silveira.
Juvenal:
“Depois de defender a seleção mineira, fui convocado para a seleção brasileira. Estive com Heleno, Otávio, Lima, Leônidas, Domingos da Guia. Os jogadores do Botafogo que estavam na seleção indicaram a compra do meu passe.
Em 46, disputei o supercampeonato carioca, que está atravessado na minha garganta até hoje. Primeiro, o time do Botafogo a meu ver era um pouco superior ao do Fluminense. Segundo, se existisse naquela época vídeo tape, todos veriam que a bola saiu pela linha lateral. Depois houve o passe para o Ademir fazer o gol. Eu estava no lance e cheguei a parar”.
Orlando “Pingo de Ouro”:
“Os grandes times de qualquer época você guarda. O torcedor do Botafogo guarda o de 48. Eu que não sou Vasco e na época nem pensava em jogar futebol, jamais me esqueci de Jaguaré, Brilhante e Itália; Tinoco, Fausto e Mola; Paschoal, Paes, 84, Mario Matos e Santana. Futebol é conjunto. Não adianta ter uma quantidade enorme de craques e não conseguir formar um conjunto.
Em 46, além dos bons valores que o Fluminense tinha, contratou o Ademir, que era o Pelé da nossa época. Ademir veio dar uma grandeza ao time, muita personalidade, porque ele era um artilheiro. Interessante, Ademir jogou no Vasco e todo mundo dizia que o Jair carregava o Ademir. Ele era um jogador maravilhoso e deu cartaz a mim, ao Jair, porque nós dávamos a bola e ele sabia se colocar maravilhosamente bem. Ele era um artilheiro nato e enaltecia o nosso passe, fazendo gols.
 
Gentil Cardoso e Ademir após o excepcional atacante assinar contrato com o Fluminense
 

Mas, a grande campanha mesmo foi no supercampeonato, porque nós disputamos o campeonato e terminaram empatados quatro times: Fluminense, América, Botafogo e Flamengo. Você vê a superioridade do Fluminense, principalmente de seu ataque, que no primeiro jogo contra o América começamos perdendo por 2 a 0 e acabamos vencendo por 8 a 4. No returno, ganhamos de 6 a 2. Pegamos o Flamengo, empatamos de 1 a 1, no 1o turno, e ganhamos, no 2o turno, por 3 a 1. Vencemos o Botafogo por 3 a 0 e depois por 1 a 0, gol de Ademir”.

 
Ademir observa a defesa de Vicente no jogo Fluminense 1 x América 0, no 2o turno do campeonato carioca, nas Laranjeiras.

 
Na última partida do 2o turno do campeonato, o Fluminense derrotou o Flamengo por 5 a 2, na Gávea. Robertinho e Haroldo saltam observados por Vevé.

 
Na abertura do supercampeonato, o Fluminense venceu o América por 8 a 4, em General Severiano. Robertinho prepara-se para a defesa, enquanto Bigode marca Maneco.

 
Equipe tricolor antes da final diante do Botafogo, em São Januário: Robertinho, Gualter, Paschoal, Haroldo, Pedro Amorim, Ademir, Telesca, Rodrigues, Careca, Bigode e Orlando.

 
Lance de perigo para Robertinho que pratica a defesa na presença de Heleno, enquanto Haroldo observa.
 
 
O forte chute de Ademir vence Osvaldo "Baliza" apesar do esforço do goleiro alvinegro.

 
O animado churrasco que comemorou o título tricolor. Em primeiro plano, Gentil Cardoso corta um pedaço de carne.

 
Ademir recebe a faixa de campeão carioca de 1946 

 
Rodrigues, artilheiro do campeonato, também recebe a sua faixa de campeão.

 
Vemos de cima para baixo, Dílson Guedes, diretor de futebol, e o técnico Gentil Cardoso; Pinhegas, Ademir, Juvenal, Orlando e Rodrigues; Pé de Valsa, Paschoal e Bigode; e Hélvio, Robertinho e Haroldo.

 
Gentil Cardoso e a artilharia tricolor por ele comandada.
 

 

 

  

 

 

terça-feira, 13 de dezembro de 2016



 
                                 Martim Francisco comanda o Vasco campeão

No dia 15 de dezembro de 1956, há 60 anos, o Vasco ao vencer o Bangu por 2 a 1, no Maracanã, conquistava com uma rodada de antecedência o título de campeão carioca de 1956. Nesse jogo, o alvirubro Zizinho foi expulso no intervalo ao retornar para o 2º tempo pelo árbitro Eunápio de Queirós.
O Vasco interrompia a série de títulos do Flamengo que lutava pelo tetracampeonato. O técnico era o competente Martim Francisco, que nos de 1954 e 1955 levou o América a dois vices.
Martim ao retornar da excursão à Europa promoveu uma renovação na equipe. No gol, estavam os eficientes Carlos Alberto Cavalheiro, cria da casa, e o paraguaio Vitor Gonzales, campeão sul-americano de 1953, em Lima.
A segura defesa vascaína era formada pelo gaúcho Paulinho de Almeida, ex-Internacional, Belini, Orlando e Coronel; o meio-campo apresentava a agilidade de Laerte e a categoria de Valter Marciano, ex-santista; o ataque era formado por Sabará, Livinho, Vavá e Pinga.
A campanha vascaína apresentou os seguintes resultados: turno – Portuguesa 4 x 0; Botafogo 0 x 0; Madureira 4 x 1; Botafogo 0 x 0; Canto do Rio 2 x 0; Fluminense 3 x 2; América 3 x 1; Olaria 4 x 1; Bonsucesso 3 x 2; Bangu 2 x 3; São Cristóvão 5 x 1; e Flamengo 1 x 1; returno – Madureira 6 x 0; Portuguesa 5 x 0; Bonsucesso 4 x 0; Flamengo 0 x 1; Canto do Rio 4 x 0; Fluminense 0 x 0; Botafogo 3 x 2; São Cristóvão 1 x 0; Bangu 2 x 1; Olaria 1 x 1.
Foram 16 vitórias, quatro empates e duas derrotas.  Valter foi o artilheiro com 14 gols. O ataque marcou 58 gols e a defesa sofreu 17 gols.

 
No primeiro clássico do campeonato carioca o Vasco empatou com o Botafogo por 0 a 0. Bauer e Belini se cumprimentam na presença de Mário Vianna

 
Walter vibra com Vavá após marcar um dos gols na vitória sobre o América por 3 a 1
 
 
Em São Januário, o Vasco goleou o Madureira por 6 a 0: em pé, Carlos Alberto, Paulinho, Belini, Laerte, Orlando e Coronel; Sabará, Livinho, Artoff, Walter e Pinga

 
No returno, já na reta final do campeonato, o Vasco venceu o Botafogo por 3 a 2:em pé, Carlos Alberto, Paulinho, Belini, Laerte, Orlando e Coronel; Lierte, Walter, Vavá, Livinho e Pinga
 
 
Carlos Alberto defende quase em cima da linha na partida diante do Botafogo

 
No "alçapão" de Figueira de Melo, o Vasco teve dificuldade de vencer o São Cristóvão. Lierte marcou o gol vascaino

 
Na última rodada, o Vasco já campeão, enfrentou o Olaria no "alçapão" da Rua Bariri e não foi além do empate de 1 a 1. Antes da partida o capitão Belini recebe um beijo da madrinha olariense

 
Walter foi um dos destaques na campanha do Vasco em 1956

 
Martim Francisco e Vavá dois grandes campeões se abraçam no vestiário

 
Coronel recebe a faixa de campeão e o beijo da vascaína Dóris Monteiro

 
Antônio Soares Calçada e Osório, dois grandes vascaínos, sorriem com o título de campeão carioca
 
 
Time do Vasco, campeão carioca de 1956, com as faixas: Carlos Alberto, Martim Francisco, Belini, Orlando e Coronel; Sabará, Livinho, Vavá, Walter, Pinga e Bento (massagista)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016



                                      Jair, o "Jajá de Barra Mansa e de Quatis" - II -

                                                                      FOTOS

 
Jair, de gorro é o segundo agachado a partir da esquerda, antes do amistoso entre Barra Mansa e Vasco, em 1938

 
No Madureira, Jair formou com Lelé e Isaias o famoso trio atacante do tricolor suburbano

 
Nos primeiros anos no Vasco, Jair fez parte do time bicampeão carioca da segunda divisão: Martinho, Haroldo, Massinha, Sampaio, Alfredo, Eduardo, Rodrigo,Tião, Jair, Cordeiro e Francisco 

 
No Vasco, Jair chegou a jogar ao lado de Orlando, seu irmão

 
O grande ataque do Vasco no campeonato carioca de 1945, formado por Ademir, Lelé, Isaias, Jair e Chico

 
No sul-americano de 1945, para muitos, o Brasil formou uma das maiores linhas atacantes de todos os tempos: Tesourinha, Zizinho, Heleno, Jair e Ademir 


                Jair formou com Zizinho e Isaias o trio atacante da seleção carioca em 1947

 
No encontro com Vargas Neto, presidente do CND, Jair reivindicou sua saída do Vasco da Gama 

 
Em 1947, contratado pelo Flamengo, Jair é recebido pelos torcedores rubro-negros na Gávea

 
Lance do jogo Vasco 5 x Flamengo 2, em São Januário, pelo campeonato carioca de 1949. Foi a última partida de Jair com a camisa rubro-negra 

 
Contratado pelo Palmeiras, Jair estreou na vitória sobre a Portuguesa de Desportos por 3 a 1. Brandãozinho, ao seu lado, também, estreava na lusa paulista

 
Jair salta com Máspoli. Era o último lance da partida Uruguai 2 x Brasil 1, final da Copa do Mundo de 1950

 
Em 1951, após o empate de 2 x 2 com a Juventus, Jair recebe do Prefeito do Distrito Federal Carlos Vidal a Copa Rio, no Maracanã

 
Capitão do Palmeiras, campeão da Copa Rio, Jair levanta a Taça, no vestiário do Maracanã

 
Jair coloca a faixa de bicampeão brasileiro como integrante da seleção paulista 

 
Em Montevidéu, durante o sul-americano, Jair bate-bola num treino da seleção brasileira

 
Formiga e Jair se abraçam no vestiário do Santos, após a vitória sobre o São Paulo por 4 a 2. Os santistas conquistavam o bicampeonato paulista 1955-56


                Álvaro, Pelé e Jair quando integraram o combinado Santos e Vasco em 1957

 
Na condição de jogador do São Paulo, Jair abraça Garrincha antes de um jogo diante do Botafogo pelo Torneio Rio-São Paulo

 
Contratado pelo Olaria, Jair dirigiu a equipe bariri na temporada de 1971. Vemos,  Roberto Pinto, Jair, Álvaro da Costa Melo e Afonsinho
 
 
Em 1975, Jair dirigiu a "máquina" do Dr. Horta, no Fluminense