Outubro, o mês dos
gênios do futebol
Em outubro
nasceram os dois maiores gênios do futebol brasileiro e porque não dizer da
história do futebol mundial. Um nasceu no dia 18 de outubro de 1923 e o outro
veio ao mundo no dia 23 de outubro de 1940. Receberam os nomes de Manoel dos
Santos e Edson Arantes do Nascimento.
Manoel nasceu em
Pau Grande, distrito de Xerém, no Estado do Rio de Janeiro, e Edson, em Três
Corações, no sul de Minas Gerais. Ambos ficaram conhecidos no mundo do futebol
pelos seus apelidos: Garrincha e Pelé.
Os primeiros chutes do garoto Manoel foram dados nas
peladas da Rua dos Caçadores. Fascinado por uma bola, ele sempre arranjava uma
desculpa para faltar à Escola Domingos Bebiano, da Fábrica Pau Grande da Cia.
América Fabril.
Quando menino outra diversão predileta era caçar
passarinhos. Como era pequenino e gostava de pegar garrinchas, pequeno pássaro
mais conhecido pelo nome de cambaxirra, sua irmã Rosa lhe deu o apelido de
Garrincha, com o qual ficou conhecido mundialmente.
Os repórteres que estavam presentes ao primeiro treino
de Garrincha, no Botafogo, elogiaram o desempenho daquele jovem de 19 anos. O
Diário da Noite publicou: “Surgiu uma nova estrela no Botafogo. Sensacional o
treino de Gualicho”. No início a imprensa o chamou de Gualicho, nome de um
cavalo veloz e campeão das corridas no Hipódromo da Gávea. Depois, Garrincha
passou a ser um nome obrigatório, escrito e falado, em todos os veículos de
comunicação.
Dezessete anos depois, em Três Corações, um garoto se
encantou com as atuações do goleiro Bilé, que defendia a meta do São Lourenço,
time em que jogava Dondinho, seu pai. Nas peladas o menino Edson se comparava
ao seu ídolo. Seus colegas confundiam Bilé com Pelé e com o passar do tempo
definitivamente Bilé se transformou em Pelé.
Em 1956, Elba de Pádua Lima, o Tim, então técnico do
Bangu, tentou levá-lo para o time alvirubro. Dona Celeste não deixou o filho ir
para o Rio. No mesmo ano, Waldemar de
Brito, ex craque do Flamengo, Fluminense, San Lorenzo de Almagro conseguiu
convencer a mãe de Pelé e levou o garoto de 15 anos para o Santos.
Garrincha e Pelé protagonizaram grandes espetáculos,
nas décadas de 50 e 60, nos campeonatos regionais, na seleção brasileira e no
exterior. Os confrontos entre Botafogo e Santos eram momentos especiais.
Torcedores de outros clubes iam aos jogos dos alvinegros carioca e paulista
para verem os dois fantásticos jogadores.
Na seleção brasileira, juntos, conquistaram o primeiro
título mundial, na Suécia, em 1958. Em 1962, Pelé se contundiu no jogo contra a
Tchecoslováquia, segunda partida da Copa. Garrincha jogou pelos dois e o Brasil
chegou ao bicampeonato.
Em 1966, a seleção brasileira contou com as presenças
de Garrincha e Pelé pela última vez. Na estreia diante da Bulgária, ganhamos
por 2 a 0 com gols de Pelé e Garrincha. O Brasil nunca perdeu com os dois em
campo.
De Garrincha, no dia 18 de outubro, fica a lembrança
do único e verdadeiro fenômeno do futebol. O Chaplin dos gramados. Os seus
dribles encantaram as plateias em todo o mundo. Ele será eternamente a “Alegria
do povo”.
Quanto a Pelé, no dia 23 de outubro, temos a
felicidade de abraçá-lo. Com justiça foi eleito o “Atleta do século”. Na sua
última Copa, em 1970, nos gramados mexicanos nos brindou com lances inesquecíveis.
A tentativa de marcar do meio de campo contra a Tchecoslováquia, o drible de
corpo em Mazurkiwicz, no jogo Brasil e Uruguai, o gol de cabeça na final com a
Itália, os passes para Jairzinho e Carlos Alberto, respectivamente, nas
partidas diante da Inglaterra e a Itália.
Garrincha e Pelé são incomparáveis. Eles são criaturas
únicas criadas pelo Criador!
Garrincha e Arati que apresentou Mané ao Botafogo
Pelé, com 15 anos, chegou ao Santos levado por Waldemar de Brito
Nenhum comentário:
Postar um comentário