Vavá,
o “Leão da Copa”
O pernambucano Edwaldo Isidro Neto completaria 80 anos no dia 12 de
novembro de 2014. Vavá nasceu na cidade do Recife no dia 12 de novembro de
1934. Aos 15 anos começou a jogar no meio-campo do Sport, sendo bicampeão
juvenil de Pernambuco. Quando completou 18 anos, em 1952, o Vasco o trouxe para
o Rio de Janeiro.
As Olimpíadas de
Helsinki
A seleção brasileira de amadores se preparava para participar das
Olimpíadas de 1952, em Helsinki, na Finlândia. O nome de Vavá foi lembrado e
ele viajou ao lado de companheiros que fizeram parte de uma geração de
excelentes jogadores como Carlos Alberto, seu colega no Vasco, Zózimo,
Paulinho, Humberto Tozzi, Evaristo, Jansen e outros. Na estréia frente à
Holanda, Vavá fez o último gol na goleada de 5 a 1.
Depois vieram a vitória frente a Luxemburgo por 2 a 1 e a grande decepção
marcada pela derrota diante da Alemanha Ocidental por 4 a 2, que eliminou o
Brasil.
A Hungria, país do leste europeu, se sagrou campeã olímpica ao vencer a
Iugoslávia por 2 a 0, na olímpica. Seus jogadores, como em todos os países da
chamada “cortina de ferro”, eram considerados amadores.
O gol do título e a
mudança de posição
No Vasco, sob a direção técnica de Gentil Cardoso, Vavá estreou na equipe
principal contra o Bangu, em 17 de janeiro de 53. No domingo anterior, 11 de
janeiro, o time vascaíno deixou escapar a oportunidade de se sagrar campeão ao
empatar de 2 a 2 com o Fluminense.
Na rodada seguinte diante do Bangu, Gentil escalou Vavá ao lado de
Sabará, Ademir, Ipojucan e Chico e o novato não decepcionou. Ipojucan abriu a
contagem aos 27 minutos de jogo e Zizinho igualou o marcador quando faltavam
dois minutos para terminar o primeiro tempo. Logo no início da segunda etapa,
aos 4 minutos, Vavá marcou o gol da vitória e do título de 1952.
Mesmo conquistando o título carioca de 1952, Gentil estava com seus dias
contados em São Januário. Flávio Costa deixava o Flamengo e retornava ao Vasco.
Com o novo treinador, Vavá passou a jogar de centro-avante, posição em que se
consagrou no futebol brasileiro e mundial.
Surge o “Leão da Copa”
No dia 13 de novembro de 1955, Vavá estreava na seleção brasileira contra
o Paraguai, no Maracanã, em disputa da Taça Osvaldo Cruz. O ataque formou com
Sabará, Didi, Vavá, Pinga e Escurinho. O Brasil venceu por 3 a 0 gols de
Zizinho (2), substituto de Vavá no 2º tempo, e Sabará.
No Vasco, o atacante conquistou mais dois títulos cariocas. Em 56, sob o
comando de Martim Francisco, e dirigido por Gradim o supersuper em 1958.
Antes do título carioca de 58, em campos suecos, Vavá confirmou as
qualidades de um grande centroavante, sagrando-se campeão do mundo, recebendo
o apelido de “Leão da Copa”, devido à raça sempre demonstrada em suas atuações.
No mundial, Vavá participou dos seguintes jogos: Inglaterra (0 a 0);
União Soviética (2 a 0 – marcou os dois gols); França (5 a 2 – 1 gol); e Suécia
(5 a 2 – 2 gols).
O futebol espanhol não perdeu tempo e contratou o “Leão da Copa”. Vavá
defendeu o Atlético de Madri durante três anos, retornando ao Brasil para jogar
no Palmeiras.
Bicampeão mundial
Em 62, no Chile, mais uma vez o grande artilheiro comandou o ataque do
Brasil, participando de todos os jogos: México (2 a 0); Tchecoslováquia (0 a
0); Espanha (2 a 1); Inglaterra (3 a 1 – 1 gol); Chile (4 a 2 – 2 gols); e
Tchecoslováquia (3 a 1 – 1 gol). Com quatro gols, ao lado de Garrincha, foi o
artilheiro do Brasil no bicampeonato:
“Na seleção, a gente tem que ter futebol, mas também coração e valentia.
Sem isso não se ganha Copa.”
Campeão paulista e os
últimos anos da carreira
Depois de ser campeão paulista pelo Palmeiras em 1963, Vavá foi para o
América, do México, onde permaneceu até 1967. Jogou mais dois anos, defendendo
o San Diego, dos Estados Unidos. Ao retornar ao Brasil, em 1969, com 36 anos
encerrou a carreira na Associação Atlética Portuguesa, da Ilha do Governador.
Vavá nos deixou no dia 12 de janeiro de 2002.
Ataque da seleção brasileira nas olimpíadas de 1952: Humberto Tozzi, Larry e Vavá; Paulinho e Jansen.
Vavá marca o gol da vitória de 2 a 1 sobre o Bangu e do título carioca de 1952.
Vavá com a faixa de campeão carioca de 1956.
Antes do amistoso entre Botafogo x Atlético de Madri, em 1959, Garrincha, Vavá e Didi.
Na Espanha Vavá num ataque excepcional com Miguel, Kopa, Di Stefano e Gento.
Nos anos em que atuou no Palmeiras, Vavá esteve ao lado de grandes jogadores: Gildo, Vavá, Servílio, Ademir da Guia e Rinaldo.
Na década de 60, Santos e Palmeiras realizaram grandes partidas. Na capa da Gazeta Esportiva Pelé e Vavá por ocasião de mais um clássico entre santistas e palmeirenses.
Caramba, uma bela matéria, já com 9 anos, falando de um dos maiores centro-avantes que o Brasil já teve, que lutou bravamente em duas Copas e foi campeão as duas vezes, e nenhum comentário por aqui. Vavá merece todas as homenagens possíveis !!! Grande Vavá !!!!!
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