sábado, 6 de julho de 2013

Evaristo, ídolo de dois rivais


                                            Evaristo, ídolo de dois rivais                 

 

Ao completar 80 anos, em 22 de junho, Evaristo de Macedo Filho tem muito para contar sobre sua brilhante carreira. Levado ao Madureira, por um amigo, lá pelos idos de 1950, o garoto de 17 anos não imaginava conquistar os corações dos torcedores do Flamengo, Barcelona e Real Madri. 

Em outubro de 1952, Evaristo deixava o Madureira e chegava ao Flamengo:

“Quando cheguei ao Flamengo, o técnico era o Flávio Costa, que foi substituído por Fleitas Solich. Em 1955, eu já tinha uma posição assegurada como titular.”

A melhor de três com o América, que decidiu o carioca de 1955 foi um dos momentos marcantes na carreira de Evaristo:

“O primeiro jogo da decisão ganhamos por 1 a 0. Fiz o gol no último minuto. Dei um chutão lá de longe e ganhamos.

No 2o jogo, perdemos de 5 a 1. Resultado surpreendente. Na final, o Dida entrou e  fui deslocado para centro avante. O ataque foi Joel, Duca, Evaristo, Dida e Zagalo. Vencemos por 4 a 1. Dida fez 3 gols e eu 1.”

No sul-americano de 57, em Lima, Evaristo marcou 5 gols contra a Colômbia, recorde até hoje não superado. Na capital peruana, ele acertou sua ida para a Espanha:


 “O Barcelona me contratou, em Lima, através de seu diretor de futebol. Disse-me  que o Barcelona estava interessado em me levar. Aceitei a proposta e fui. No primeiro ano eu era o único brasileiro na Espanha.”

Evaristo deixou o clube catalão para jogar no grande rival Real Madri:


“Estava há cinco anos no Barcelona. Da metade de 57 a 62, fomos tricampeões da Copa da UEFA, bicampeões da Espanha, campeões das Copas e fui sempre o artilheiro da equipe.

A Federação Espanhola queria que eu me naturalizasse para jogar na Copa do Mundo de 62, no Chile. Mas, eu não tenho descendência espanhola e sim portuguesa por parte de meus avós. Eu não quis e isso causou mal estar no Barcelona.  

A negociação com o Real Madri foi direta comigo. Dariam o que o Barcelona me oferecesse sem a obrigação de me nacionalizar espanhol. Fui ao Barcelona e comuniquei a proposta do Real Madrid. Terminado o meu contrato fui embora.”
 
Evaristo recebeu muitas honrarias pelas brilhantes atuações no futebol espanhol e sua presença é sempre lembrada:


“Faço parte das Associações dos ex- jogadores do Barcelona e do Real Madri. Quando o Barcelona fez 100 anos, fui objeto de uma homenagem muito bonita. Eles fizeram um programa de televisão e me deram um vídeo com os meus gols. A festa foi muito bonita e fui o primeiro a ser chamado”.


No início dos anos 50, Evaristo ingressou no juvenil do Madureira. Ele é o 2o a partir da esquerda. Paulinho Omena (4o) fazia parte do grupo.

 

Emprestado ao São Cristóvão, Evaristo enfrentou o time iugoslavo do Dínamo de Zagreb, em Figueira de Melo: em pé, Índio, Geraldo Bulau, Nei, Aloísio, Hélio e Ratão; agachados, Evaristo, Humberto, Nelsinho, Ivan e Carlinhos. No empate de 3 a 3, Evaristo marcou um dos gols.

 
Tricampeão carioca de 1953/54/55 pelo Flamengo: em pé, Pavão, Servílio, Aníbal, Tomires, Dequinha e Jordan; agachados, Joel, Paulinho, Evaristo, Dida e Zagallo.   
 
 
Em 1957, a grande equipe húngara do Honved realizou uma série de jogos no Brasil. Os capitães Puskas e Evaristo antes do jogo Flamengo x Honved.

 
Seleção brasileira que venceu o Peru por 1 a 0, no Maracanã, nas eliminatórias para a Copa de 1958: em pé, Djalma Santos, Belini, Zózimo, Nilton Santos, Gilmar e Roberto; agachados, Garrincha, Evaristo, Índio, Didi, Joel e Mário Américo.   

 
Evaristo no Barcelona

No Real Madri, Evaristo jogou ao lado do extraordinário Ferenc Puskas.
 

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